A vida é pouca e breve....
As experiências precisam se repetir para que delas façamos uma coleção de pequenos detalhes, observações esparsas, coisas assim e assado, conforme a cozinha e o prato, os comentários e a fome que tenhamos naquele instante.
Como quando doamos qualquer coisa a alguém, um alimento, uma roupa e inclusive o afeto ou antes e principalmente o amor, um sentimento desses, ou seja lá como chamemos essas coisas, na verdade estamos querendo trocar, trocar porque esperamos uma contrapartida em igual tamanho, intensidade e frequência.
Ocorre que do outro lado há uma vida seguindo, toda ela como a nossa, diversa, comum ou esquisita e por isso mesmo imprevisível vida... e raras são as vezes que transbordaremos juntos ou ao mesmo tempo, em nossas doações e expectativas, nos damos naquele momento, implacavelmente e esperamos uma eclosão igual e sabe-se lá por que as coisas são assim, desiguais, humanamente isso é banal por que é comum, mas não para nós que julgamos a partir de nós e ficamos assim nos repetindo, até que num momento lá adiante a gente se dá conta que era tudo nosso, só nosso ou só teu e nada mais e recomeçamos, repetindo, repensando, vivendo, aprendendo, revivendo.
Vivamos um pouquinho por vez, até o fim, enfim é assim e acabamos por perceber que é preciso ser ao mesmo tempo esbanjador e comedido, simples e complicado assim.
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